Chegar em casa agora vai ter um gosto imenso de saudade, de vazio. Como vou dobrar a esquina e não te ver?
Meu companheiro querido. Que pedaço de mim levaste junto. Sempre tão terno, tão amigo. Sábado fomos buscar a Vanessa na parada e sentaste bonitinho do meu lado. Fostes um cachorro tão amado. A mãe passava a mão na tua cabeça e dizia: - Filho a mãe vai comprar pão, tu ficas aqui fora que a mãe já volta, tá? - E tu ficavas. Seja na padaria, no Carrefour, tu ficavas ali sentadinho até a mãe sair. As noites de inverno em que me aquecias. Depois da morte do vô o quanto me apoiaste. Foste meu amparo. Teus olhos de bondade me diziam do pai, e eu me acalentava.
E ontem, quando fui pra Pelotas, não vieste na sacada como sempre fazia quando eu saía. Fiquei esperando no meio da rua, mas não vieste. Isso me dói. E o derradeiro final de semana que passaste comigo eu estava tão atucanada. Tão ocupada. Quase não te dei atenção. Ai, meu filho. A mãe sente tanto a tua falta. Eras uma luz em nossa casa.
Cuida bem do vô pra mãe, tá?




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