sábado, 10 de abril de 2010

Olhos de saudade

Andando por estas ruas me encantei com sua beleza. Olho os prédios. Me delicio ao constatar o recorte que eles fazem no céu. Subindo suas lombas eu tenho a impressão de estar galgando uma escada, e o céu, ali, tão azul, parece que vai ficando tão pertinho! É um sobe e desce de coxilhas. Um arroio gramado e florido passeia pelo seu colo. Tantas árvores, todas elas margeiam de verde este cenário e sigo feliz, faceira. Estes jardins coloridos me falam do carinho que recebem de seus habitantes. Que cidade linda!

Mas a placa diz: NOVO HAMBURGO. Céus! Estou em casa. Meus olhos de saudade percebem detalhes tão sublimes de minha terra amada. Coisas preciosas que antes eu não podia ver...

...e esta estranheza também denuncia o amor que inicio a sentir por Satolep...

Sim, dá medo de perder a referência. Um sentimento torto, de estar traindo, de ser infiel. Mas que logo passa. Este céu eu nunca vou esquecer. Estas ruas que me viram crescer jamais sairão do meu coração. Este sol maravilhoso que aparece no morro da Comusa e some no morro da Amapá (eheheh...morros e morros deste chão querido!) é único, é meu eterno parceiro, meu amigo de tantas e tantas conversas mudas cheias de sentimento. Ele também esteve lá, assim, indo embora, vestido de rubro, enquanto eu me despedia do pai.

Um comentário:

  1. Nossa...sem palavras...ler isso tudo hoje no exato dia de minha partida...bah guria...quase desfiz as malas...
    Pq eu desde a infância tb sempre vih o sol nascer no morro da comusa e se por no morro do amapá.
    Quando eu era criança eu achava que do outro lado do morro do amapá era o Japão, aih eu dizia que iria pro Japão quando eu crescesse...risos..rs...
    Quando a gente sai de nossa querência, a gente sente a falta das raízes, pq nossa terra sempre vai ser a nossa casa, onde a gente cresceu, se criou, viveu...sorriu e chorou...é muito bom estar longe e retornar ao eterno lar...vou indo...se não eu não vou a lugar nenhum...

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