quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Natal 2010

Este ano o Natal aqui em casa foi muito especial. Decoramos nossa casa com simplicidade, porém com muita elegância e charme. Realizamos as compras juntas. Pensamos nos presentes para trocar. Antes disso: pensamos nos momentos que iríamos passar juntas e estávamos ansiosas para isso. Para curtir em família!

Tantos percalços que passamos. As coisas nunca foram fáceis pra gente e todos torciam contra. O pai era o único que mantinha os laços de alguma forma unidos, e o único que passava a noção de comunhão entre a gente. Claro que ninguém percebia isso, e ninguém percebe até hoje. A única que sabe, ou a única que vê a verdade das situações sou eu. O pai era o único que acreditava na nossa instituição de família, e o que mais foi ridicularizado por ela. Ele foi excluído dela. Assim como eu. O que hoje me dá um imenso prazer. Não fizemos parte da sujeira que eles representam. Não acordamos com as sombras. Estamos longe disso.

Olhar nosso Natal tão tranquilo, tão feliz, me deu uma paz, uma sensação terna de vitória. Lutei com as trevas e venci. Hoje construí uma família com minha filha linda. A Maldade Absoluta não conseguiu destruir isso. Por mais que tenha tentado. Por mais que tenha me deixado muitas vezes no limite. No fim das minhas forças. Eu venci! Eu passei um Natal lindo e tranquilo com a minha família. E da janela víamos a Maldade Absoluta passar o Natal no meio da rua, com as vizinhas. Porque ela não dá importância para momentos em família. Porque ao contrário do que as pessoas pensam, a Maldade Absoluta não dá importância pra laços de carinho. Ela só se encarrega de suas próprias necessidades e desejos. De suas satisfações e prazeres. Tantas vezes chorei injustiçada, confusa por não entender porque as pessoas não viam estas coisas tão óbvias. Sofri tanto, doeu tanto. Mas escolhi o caminho do bem. Escolhi fazer o certo e não o que era melhor pra mim. Hoje tenho o melhor. E não me arrependo de nada. Sei quem sou. Sei da minha luta. Não preciso mais que as pessoas vejam a existência da Maldade Absoluta. Aprendi a me defender sozinha.







 E esta comemoração toda pode ser um grande contrasenso, visto que não acredito em Deus. Muito menos em Jesus. Jesus foi só um homem bom, que viveu há muitos anos, que gritava na rua a importância do amor, bem como muitos outros homens fizeram depois (um exemplo atual é o Profeta Gentileza), e foram desprezados. Acredito que a igreja usou o mito deste homem, criando uma "concepção divina" para recuperar seu Poder, numa época em que as idolatrias estava ganhando terreno. Mas fui condicionada a esta comemoração desde criança. O Papai Noel ia na minha casa entregar meu presente, nos reuníamos, ceiávamos juntos, tínhamos um pinheirinho, luzinhas no grande pinheiro do pátio. Pra mim, bem como para a grande maioria das pessoas só que não admitem, o Natal hoje não significa Jesus, seu nascimento, etc. Significa estar com quem se ama de verdade, poder comungar em uma ceia, trocar presentes que foram comprados ou feitos com muito carinho. É uma nova tradição, que pega emprestado alguns mitos da tradição religiosa, mas é uma tradição muito particular minha.

Lamento muito que o pai não esteja aqui. Talvez tenha sido melhor assim. Ele, na sua inocência, manteria nosso vínculo com a Maldade Absoluta. Porque era um homem de bem. Não via a crueldade nos olhos das pessoas. Acreditava sempre no melhor dos outros. Mesmo que tenha tido sua vida devastada pela Maldade Absoluta, continuava cego, não via o poder de destruição que ela espalhava à volta. E ela sempre aniquila qualquer tipo de confraternização, de comunhão, de carinho. Qualquer manifestação de Amor. Manter ela longe é manter a paz e a tranquilidade, os momentos especiais e mágicos.

Onde estiveres seu Luiz, saiba que fazes parte desta pequena família que só conseguiu sobreviver pelo teu exemplo de amor e dedicação! Aqui, teu lugar é cativo!

Um comentário:

  1. Oi Cintia, sou o "Andarilho." Prazer em te conhecer. Foi uma bela surpresa. Li teus textos e os achei bem impactantes e corajosos. É bom encontrar coisas novas.

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