terça-feira, 15 de junho de 2010

Bondade imensa que inunda estes olhos de mar

Espanta-me sempre este estar ao teu lado deste jeito tão certo, tão comum. Como se o objetivo de tudo sempre tenha sido isto, um ao lado do outro. Sinto como se meu lugar fosse aí, nos teus braços. Neles, não sinto estranheza, como se não fossem novos braços a me acolher, como se fossem antigos consoladores de minhas angústias, fortalezas já conhecidas, onde a dor não passa.

Olhar-te!, meu deleite de siempre. Mas já não preciso disfarçar: estou sim velando teu sono. Teus traços, tua boca, teus olhos tão mansos e tranquilos... tudo me inebria, me embriaga. Tuas mãos fortes, teus braços opulentos... este sorriso lindo! Por que tens este sorriso tão meigo? Estes olhos de mar, infinitos, indecifráveis e também tão simples, tão abertos. Eles detém o poder de me fazer feliz e também desmoronar minha alma.

Me sinto tão feliz de saber que existes. A simples lembrança de teu rosto me faz sorrir. Isto tudo é muito estranho... eu deveria me angustiar na tua ausência e não... só de recordar tua voz, teu brilho, meu coração se aquece. És uma presença terna, que me completa, me contenta, me serena.

E agora?

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