Não sou muito dada ao hábito de rever o ano que passou e fazer promessas para o ano que inicia. Sei lá. Pra mim a virada do ano não significa “um marco” como para a maioria das pessoas. Eu chego no dia primeiro de janeiro com a mesma cara e desejos que eu estava no dia trinta e um de dezembro. Mas entro na festa, comemoro, se estiver na praia faço questão de pular as ondinhas, mais pra me bobear e fazer graça do que por acreditar propriamente, o mesmo pra colherada de lentilha, não comer galinha, comer porco, etc.
Mas o ano que passou merece ter alguns acontecimentos pontuados. Na verdade, eu que mereço pontuar algumas coisas...
- Entrei numa universidade federal
- Chorei o abandono da Psicologia
- Morei numa casa com mais sessenta pessoas durante três meses
- Fui morar ao sul do meu estado, 350 km longe da miNHa cidade
- Ouvi declarações de amor, duas profundamente sinceras
- Me apaixonei e fui muito feliz enquanto o amor foi platônico
- Namorei um paulista dançarino por uma semana
- Magoei pessoas por não ser capaz de correspondê-las da forma como mereciam
- Sofri por alguém incapaz de me corresponder da forma como eu merecia
- Cursei Ciências Sociais por um semestre
- Cursei Terapia Ocupacional por um semestre
- Tive uma afilhada por dois meses
- Briguei com a minha melhor amiga pela primeira vez [agora temos um relacionamento de verdade]
- Me desliguei da pesquisa da Feevale depois de quatro anos
- Toquei no eterno presidente Luís Inácio Lula da Silva, depois de ter chorado ouvindo suas palavras
- Convivi com mineiros, paulistas, cariocas, baianos, catarinenses e paranaenses
- Conheci o Uruguai [Rio Branco já é Uruguai, nem vem! J]
- Exercitei minha tolerância e paciência convivendo com pessoas completamente diferentes de mim
- Recebi, finalmente, um prêmio de Destaque na Feevale, mas não foi com o profe
- Peguei carona na faixa
- Conheci pessoas que me encantaram, algumas vão deixar muita saudade [mais itens pra minha coleção de]
Acho que este ano eu vivi mais. Percebo meus olhos tristes de luto se desanuviando, o peso do corpo indo lentamente embora. Estive mais intensa, me permiti mais, sofri mais, sorri mais.

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