Me sinto imensamente sozinha.
Aqui nesta cidade estranha, de costumes mais brutais. Me sinto perdida. Fico rodando entre estas formas objetivas de ser. Eu sou subjetiva. Eu entendo no patamar da sensibilidade. Não adianta me falar com palavras. Eu entendo sentindo. Como viver e conviver num espaço onde só o corpo dá conta das coisas? Onde as únicas ferramentas utilizadas para a comunicação são físicas, são motoras. Eu vejo além. Eu sinto além. Que vazio imenso de investimento emocional-acadêmico. Cadê minhas colegas engajadas em ajudar as pessoas, que entendiam e debatiam a nível subjetivo, que me possibilitavam descobertas e aprendizados, trocas!!!? Cadê o profe Éverton com sua elegância impecável, seu incentivo adorável? Cadê a profe Lisi com sua orientação atenta, com seu suporte e apoio?
E no mar de desolação em que me encontro, a minha caixa de entrada me dá um grande consolo:
"Ótimo Cíntia! Vou ler e te dou um retorno!
Guria! Tenho uma saudade de ti! Queria te ter aqui ao meu lado..."
Eu também, profe! Queria imensamente vocês aqui comigo! Pra eu voltar a existir!
Estas pequenas frases me lembram que eu sou alguém, que eu tenho uma história acadêmica, que eu tenho uma linda história acadêmica. É isso que vai me manter sã nesta terra estranha e de gentes estranhas. Obrigada!!!
Não sei realmente o que está acontecendo, mas pelo texto dá prá imaginar. Às vezes, muitas vezes, passamos por momentos mais difíceis. Mas certamente tu poderás contar com a tua coragem, o apoio, mesmo de longe, de teus amigos e a minha torcida.
ResponderExcluirBeijo do Andarilho
Andarilho, muito obrigada pelo afetuoso comentário!
ResponderExcluirE também pela torcida!!!
O que está ocorrendo é mais ou menos o que disse Sêneca: "A convivência com pessoas diferentes demais de nós perturba nosso equilíbrio".
Beijo!!!