terça-feira, 5 de março de 2013

Nostalgia

Ontem achei uma tirinha tri massa, que fazia uma piada com o personagem principal do seriado Macgyver. Uma série da minha infância! Lembro que meu irmão era fã, adorava, assistíamos sempre.



Eu, lá pelos idos de 2002
Hoje de manhã minha filha veio me contar que um amigo meu, que conheci aqui em Pelotas há três anos, um baita de um querido que eu adoro é primo de um namorado que tive há dez anos. Que falaram sobre mim no bate papo de uma rede social. Bah, que mergulho no passado!!! Como foi forte em mim a lembrança de quem eu era!!! De como eu vivia. Das coisas que acreditava. Lembrar daquele tempo com ele, não foi lembrar do que passamos juntos, mas lembrar de como eu existia, como eu enxergava a vida, a forma tão peculiar como eu sonhava. Naquela época, (claro que foi a primeira coisa que lembrei) o pai ainda estava vivo. Ele
 ainda vinha me visitar com sua pachorra, seu carinho. Naquele tempo que eu ganhei meu cachorro tão querido, tão amado e que hoje também já se foi. Naquele tempo eu iniciei um movimento de me libertar dos grilhões da maldade, do abuso, de me libertar do sufocamento. Naquele tempo eu era uma menina tão querida, tão sonhadora, eu tinha ainda tanta pureza e inocência! Como foi bom lembrar de mim!



De tarde entrei numa rede social e um amigo postou um desenho de um carrinho de lomba. Quem nunca? Risos... Na minha época isso era coisa de guri, então eles construíam e a gente depois dava umas voltas. Não sei como eles não se arrebentavam todos! Eu acompanhava o pai e o meu irmão no processo de criação e pra mim essa era a parte mais legal. Pensar acessórios para enfeitar, todos criados a partir de materiais encontrados pelo pátio de casa mesmo. Tínhamos muitos materiais de construção em nosso terreno, restos da nossa casa parcialmente inacabada. Assim era uma festa! Um pedaço de madeira virava a buzina, um galho era o velocímetro, nossa, a gente viajava.



Terminou a novela, (sim, sou telespectadora assídua, não tenho vergonha e acho uma babaquice essa campanha de que quem é inteligente não assiste televisão. Tá bem, sou burra então, mas fiquem quietos que agora a Morena vai falar!), mudei pra MTV e lá estava Madona, novinha, viçosa, cantando Live to tell:



E em seguida Papa Don't Preach:


Daí vim para o computador, e eis que vejo um compartilhamento da Turma da Mônica (que eu amo, devorava os gibis, tenho o álbum de figurinhas até hoje) numa historinha em que o Cascão canta duas músicas do Engenheiros. Engenheiros para os íntimos, para os outros é Engenheiros do Hawaí! Ah, Engenheiros, que celebrou tantas noites da minha adolescência!



Espero que esses pequenos sinais sagrados continuem a aparecer. Como é bom lembrar!!! Meu passado pra mim é um templo sagrado. As coisas ruins, as coisas boas, todas constituíram uma mulher que tenho muito orgulho de ser. Rever meu caminho, meus passos, minha andanças, meus tropeços, minhas reerguidas, ma dão conta de que estou exatamente no lugar em que eu gostaria de estar, que eu sou exatamente quem eu gostaria de ser. Não foi nada fácil chegar aqui...e ainda tem tanto pela frente...Espero contar com mais e mais momentos nostálgicos e mágicos como esse em meu andar. Onde posso olhar pra menina que fui, lhe dar um beijo com carinho e seguir segura, como mulher que sou!

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