A nossa cachorra, a Érica, vive fazendo sexo com a minha perna. Em várias velocidades, na maioria das vezes muito aceleradas e me deixa toda machucada e arranhada. Nós chegamos à conclusão de que Érica tem um pênis imaginário. Quando contei a alguns amigos eles me relataram que suas cachorras também fazem isso. Tá. Mas deixa eu contar mais. Quando a Érica está no cio e sai pra rua, ela tenta cobrir os cachorros. Quando algum cachorro quer fazer isso com ela ela rosna e avança, depois sai correndo em disparada. Na primeira vez que fez isso estávamos com alguns amigos no centro de Pelotas. Um cachorro veio fazer a corte nela e ela saiu em disparada, numa cancha reta rapidíssima. Como estávamos em um local de muito movimento, com várias avenidas cheias de carros, eu saí correndo atrás dela. Correndo e gritando. Atrás de mim vieram todos os amigos correndo também. Num fila cômica: Érica, o seu Romeu apaixonado, eu, e mais três, em fila indiana correndo atrás da bonita. Ela passou correndo por todos os carros e não sei como não oi atropelada e não causou nenhum acidente. Só parou de correr em casa. O Romeu ficou vários dias na frente do nosso prédio esperando sua Julieta. Mas ela nem tchum. Naquela ocasião, depois do susto, brincamos e rimos muito com o tema "Que garota difícil".
Hoje acho que a Érica não é difícil, ela apenas é "cuiuda demais" pra ser coberta por um cachorro. Não chegamos a nenhuma conclusão definitiva sobre a sexualidade da Érica, mas isso me fez pensar.
Dizem por aí que os cachorros se parecem com seus donos... E falando em cuiuda, no popular cuiudo é "aquele que é muito bagual", "corajoso, forte, audaz", e comparando com a minha vida, eu acho que eu sou cuiuda demais. Aguento qualquer tranco do destino sem pestanejar e às vezes o que eu peço aos céus é um pouco de fraqueza, porque tanta força eu não aguento mais.
E se eu sou cuiuda, eu sou homem. E eu sou um homem que tem preferência sexual por homens. Desta foma, eu descobri que eu sou gay!
Será que eu também tenho um pênis imaginário?
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